sexta-feira, 26 de março de 2010

PROJETO
TEMÁTICA:
Produzindo um jornal na escola
PROBLEMÁTICA:
Embora seja papel da escola formar leitores e escritores autônomos e competentes, a instituição ainda não desenvolve esta tarefa com plenitude. A prova disso, é o índice de alfabetismo rudimentar e básico que permanece alto no Brasil. Apenas a minoria da população é plenamente alfabetizada, isto é, consegue ler e escrever textos complexos e expressar o que pensa de forma escrita.
Faz-se necessário, investir numa prática educativa que leve em consideração a realidade sócio-cultural contemporânea, pois nossos educandos estão cada vez mais, expostos a um universo de informações, muitas vezes, desconectados da sua realidade contextual. Atualmente exigem-se níveis de leitura e de escrita diferentes e muito superiores aos que satisfizeram as demandas sociais até bem pouco tempo atrás e tudo indica que esta exigência tende a crescer. Com base nos relatos dos professores, constatou-se que os alunos tem dificuldades em relação à produção textual como se a hora de escrever tanto individualmente quanto de forma coletiva fosse um castigo para a turma.
Na elaboração do jornal, queremos que os alunos criem o hábito de ler, escrever e revisar a sua produção textual tornando-os cidadãos capazes de compreender os diferentes textos com os quais se defrontam no dia-a-dia.
A idéia de uma ação educativa que despertasse o interesse em ler e produzir textos, contemplando a linguagem oral e escrita de maneira eficaz serviu-nos como ponto de partida para propor às turmas das séries finais, uma atividade participativa e interdisciplinar que exige o envolvimento e compromisso de todos, daí surgindo o tema “ Produzindo um jornal na escola” para desenvolver nosso projeto de trabalho.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A leitura na escola tem sido fundamentalmente, um objeto de ensino. Para que se possa constituir também objeto de aprendizagem, é necessário que faça sentido para o aluno, isto é, a atividade de leitura deve responder de seu ponto de vista, aos objetivos de realização imediata como se trata de uma prática social complexa, se a escola pretende converter a leitura em objeto de aprendizagem deve preservar o interesse dos alunos, trabalhando uma diversidade de textos e de combinações entre si que façam sentido para os alunos.
“Ser leitor implica numa série de coisas que diz respeito à experiência vivida, não somente em relação ao livro, mas também em relação a tudo que nos remete a formulação de uma visão de mundo.”
(Joana Cavalcanti, 1999.)
Entende-se que nossos alunos precisam resgatar esta relação com o livro para que tenham a visão real do mundo que nos cerca e saibam influenciar para melhorar nossa atual situação social. A leitura deve provocar curiosidade, interesse, através de histórias que possam ter identificação e concretização para o aluno, sendo colocada primeiramente como uma brincadeira gostosa, como por exemplo, a edição de um jornal na escola.
Para Maria José Nobrega, a leitura de jornais permite explorar uma dimensão específica da leitura que é “ler para atualizar-se”, para saber a respeito do que acontece no mundo; caracteriza-se pela ligeireza, pela rapidez.
Trazer o jornal para a sala de aula é essencial para familiarizar o aluno com a leitura, desenvolvendo as competências necessárias para instigar a leitura reflexiva e crítica . Além disso, possibilita estabelecer uma série de conexões entre os conteúdos das diversas disciplinas do currículo escolar e os acontecimentos recentes, permitindo aos alunos conhecerem as aplicações práticas dos conceitos estudados.
Para aprender a ler, portanto, é preciso interagir com a diversidade de textos escritos, testemunhar a utilização que os já leitores fazem deles e participar de atos de leitura de fato; é preciso negociar o conhecimento que já se tem e o que é apresentado pelo texto, o que está atrás e diante dos olhos,recebendo incentivo e ajuda de leitores mais experientes.
A leitura, como prática social, é sempre um meio, nunca um fim. Ler é responder a um objetivo, a uma necessidade pessoal. Fora da escola não se lê só para aprender a ler, não se lê de uma única forma, não se decodifica palavra por palavra, não se responde a perguntas de verificação do entendimento preenchendo fichas exaustivas, não se faz desenho sobre o que mais gostou e raramente se lê em voz alta. Isso não significa que na escola não se possa eventualmente responder a perguntas sobre a leitura, de vez em quando desenhar o que o texto lido sugere, ou ler em voz alta quando necessário. No entanto, uma prática constante de leitura não significa a repetição infindável dessas atividades escolares.
Uma prática constante de leitura na escola deve admitir várias leituras, pois outra concepção que deve ser superada é a do mito da interpretação única, fruto do pressuposto de que o significado está dado no texto. O significado, no entanto, constrói-se pelo esforço de interpretação do leitor, a partir não só do que está escrito, mas do conhecimento que traz para o texto. É necessário que o professor tente compreender o que há por traz dos diferentes sentidos atribuídos pelos alunos aos textos: às vezes é porque o autor “jogou com as palavras” para provocar interpretações múltiplas; às vezes é porque o texto é difícil ou confuso; às vezes é porque o leitor tem pouco conhecimento sobre o assunto tratado e, a despeito do seu esforço, compreende mal. Há textos nos quais as diferentes interpretações fazem sentido e são mesmo necessárias: é o caso de bons textos literários.
Segundo JOANA CAVALCANTI, se a criança ou o adolescente não quer ler, conduza-o no sentido de uma leitura mais diversificada, escolhida pelo próprio leitor: Direcione-o para uma leitura mais plural, na qual ele possa intercambiar o apreendido na leitura com outras formas de representação, como o tablado, a dança, a música, o jornal, tudo que possa provocar efetivamente o desejo de ler.
Para tornar os alunos bons leitores – para desenvolver, muito mais do que a capacidade de ler, o gosto e o compromisso com a leitura -, a escola terá de mobilizá-los internamente, pois aprender a ler (e também ler para aprender) requer esforço. Precisará fazê-los achar que a leitura é algo desafiador e interessante, algo, que conquistado plenamente, dará autonomia e independência. Precisará torná-los confiantes, condição para poderem se desafiar a “aprender fazendo”. Uma prática de leitura que não desperte e cultive o desejo de ler não é uma prática pedagogicamente eficiente.

OBJETIVO GERAL
Formar leitores e escritores competentes, capazes de produzir e interpretar textos orais e escrito coerentes, coesos, adequados a os seus destinatários, aos objetivos a que se propõem e aos assuntos tratados, de forma contextualizada e interdisciplinar.



OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Reconhecer os diferentes tipos e gêneros textuais
• Reconhecer a diferença entre a norma culta e a coloquial
• Produzir textos coerentes e coesos
• Planejar os textos refletindo sobre os possíveis leitores
• Executar atividades de revisão e edição da escrita
• Estimular a participação coletiva com a contribuição das demais áreas do conhecimento na elaboração do jornal.

METODOLOGIA
• Pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo;
• Levantamento de interesses de temas, no meio escolar;
• Produção de textos de vário gêneros e tipos;
• Entrevistas na escola com professores e alunos de outras turmas;
• Entrevista com jornalistas do município;
• Visita aos meios de comunicação da cidade;
• Diagramação e formatação do jornal.

RECURSOS MATERIAIS
• Laboratório de Informática;
• Máquina Fotográfica;
• Xerox;
• Papel;
• Impressora;
• Equipamentos da Sala de aula.

CRONOGRAMA:
Março:
• Apresentação do Projeto a comunidade escolar;
• Busca de parceria, com professores das demais áreas do conhecimento;

Abril:
• Início do levantamento de interesses de temáticas a serem abordadas no jornal;
• Definição das parcerias;
• Início das atividades em sala de aula.

MAIO:
• Seleção do material produzido pelos alunos;
• Definição do layout do jornal;
• Diagramação do jornal
• Revisão das produções dos alunos.
JUNHO:
• Lançamento da primeira edição do Jornal.


EQUIPE DE TRABALHO:

• Professores de todas as áreas do conhecimento da escola;
• Responsável pelo LABIN (laboratório de informática);
• Alunos da 7ª e 8ª séries do ensino fundamental.

AVALIAÇÃO
Será continua, durante as atividades grupais e individuais durante todo o processo de produção do jornal da escola.

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